Feliz 2018

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E lá se foi mais um ano... E lá se foi 2017. Assim como uma meia maratona, passamos um certo tempo nos preparando, no início parece longa, mas no meio já estamos completamente perdidos em pensamentos ou focados demais no objetivo para dar atenção a cada simples passada, da mesma forma, as preocupações ou foco nos nossos sonhos não nos deixa perceber o passar de cada dia e apenas quando estamos na reta final é que nos damos conta do tanto que corremos, de quantos dias deixamos para trás e nesse exato momento, fazemos a reflexão se de fato alcançamos o que buscávamos, se poderíamos ter nos esforçados mais ou até mesmo sonhado mais.

Sem dúvida, foi um ano de muitos treinos, corridas, conquistas, suor e quilômetros, mas também não foram só flores, sei que houve lesões, dores, incômodos, ansiedades e até mesmo metas não alcançadas. Buscamos incessantemente a glória, mas os obstáculos e percalços fazem parte da corrida, assim como na vida, funcionando ao menos como aprendizado, afinal, da próxima vez temos a oportunidade de melhorar alguns pontos, dar atenção a outros ou simplesmente ter mais confiança em nós mesmos.

Para 2018 faça metas audaciosas, não pegue leve, nem forte de mais, pegue na medida, se desafie a ser a melhor versão de você mesmo, mas um passo por vez, respeite sempre os limites do seu corpo. Sonhar pouco ou sonhar muito gera o mesmo esforço, então sonhe grande, são os sonhos que alimentam a alma, a nossa vida e as nossas corridas, são eles que fazem com que acordemos todos os dias cedo ou fiquemos até um pouco mais tarde, as vezes exaustos, as vezes desanimados, mas sempre esperançosos, por sabermos que o resultado será compensador.

Para 2018 faça metas audaciosas, mas sem pressa de concluí-las, saboreie cada quilômetros, curta cada corrida, comemore cada conquista, compartilhe suas histórias de vitória e superação, pois tenha a certeza que ela tem o poder de animar outras pessoas e inspirar novas histórias e se essas metas audaciosas não forem alcançadas, não tem problema, muitas outras vieram porque mirávamos ela e ela pode continuar sendo nossa meta para o futuro.

Que em 2018 possamos vibrar mais e lamentar menos, que possamos correr mais e descansar na proporção correta, que possamos sorrir mais e chorar apenas de alegria, que possamos ser melhores como corredores, como companheiros na corrida e na vida, como amigos, como pais ou filhos, que em 2018 possamos ser melhores como seres humanos.

Feliz ano novo e um 2018 repleto de alegria, conquistas e quilômetros a todos! 

Regras para recordes

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O mundo da corrida vem crescendo cada vez mais e a cada dia surge uma corrida diferente, seja em uma cidade diferente ou percusso diferente, cada uma com suas peculiaridades, mas muitas delas, apesar muito conhecidas, não permitem aos atletas profissionais terem os seus tempos homologados e recordes registrados oficialmente.

A Federação Internacional de Atletismo, IAAF (International Association of Athletics Federations), é o órgão máximo do atletismo mundial, que foi criado com o objetivo de criar regras às competições de atletismo, homologar resultados, etc., dando assim maior credibilidade ao esporte, assim passou a estabelecer regras básicas para reconhecer uma marca como oficial e o mesmo vale para os recordes, sejam mundiais, continentais ou nacionais.

Primeiramente, todo o percurso deve ser previamente certificado por um medidor aprovado pela IAAF, nessa medição o percurso não pode ser menor do que a distância oficial da prova e não pode exceder 0,1% da distância, ou seja, para a maratona, por exemplo, o limite de erro é 42m a mais.

Em uma de suas principais regras, a IAAF diz que a distância máxima entre a largada e a chegada não pode ser maior que 50% da distância total. A entidade entende que em provas ponto a ponto, o atleta acaba correndo muitas vezes em apenas um sentido e caso o vento seja favorável, o atleta tende a ganhar certa vantagem. Da forma hoje regulamentada, o atleta teria situações com o vento contra e a favor. Além disso, o percurso não pode sofrer um desnível topográfico maior do que 1/1000 da distância total, ou seja, em uma corrida de 10km (10.000m) a altimetria permitida é de 10m.

Por conta da obrigatoriedade de certos requisitos exigidos, muitas marcas acabam não sendo consideradas. Um dos casos mais conhecidos foi o do queniano Geoffrey Mutai, que na Maratona de Boston em 2011, fez os 42 km em 2h03m02s, superando em quase um minuto o recorde da época (2h03m59s). Porém, como a Maratona de Boston teve uma distância largada-chegada superior à permitida e uma altimetria maior do que a permitida, fez assim com que a IAAF não reconhecesse o seu tempo oficialmente e consequentemente, não considerando como recorde mundial. Essa marca o deixaria, ainda hoje, entre as maiores marcas do mundo, perdendo apenas para o atual recorde mundial do Dennis Kimetto (2h02m57s).

Em situação parecida com a Maratona de Boston, uma das corridas mais famosas do Brasil, a Maratona do Rio de Janeiro, não é válida para recordes mundiais ou marcas oficiais, pois também não respeita à regra da distância largada-chegada.

Apesar de ser um lamento para atletas profissionais, que buscam tais objetivos, para a maioria de nós, que corre apenas por prazer, não faz lá tanta diferença, afinal as marcas que buscamos são outras e as emoções continuaram sendo as mesmas.

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Referências:
http://www.cbat.org.br/normas/regras_iaaf_de_corridas.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Maratona#Regras_da_IAAF
http://globoesporte.globo.com/atletismo/corrida-de-rua/noticia/2011/04/criterios-da-iaaf-limitam-possibilidade-de-recorde-mundial-em-maratonas.html
https://www.saudemelhor.com/quais-os-tipos-e-regras-de-maratonas/

A vida corrida e a corrida na vida

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Vivemos em um mundo atribulado, onde a vida por si só já é corrida, sem trocadilhos. Acordamos cedo, enfrentamos trânsito ou conduções lotadas, pegamos no batente cerca de 8 horas por dia, passamos minutos ou até mesmo horas preciosas em filas, seja de banco, supermercado, restaurante, etc., e o “pior de tudo isso”, é que para muitos, isso é apenas o começo do dia, afinal, em casa são outras obrigações, outras responsabilidades e mais correria. Apesar disso, no meio de todo esse caos, ainda encontramos um tempinho para enfim relaxar, que para algumas pessoas, em outras palavras, significa correr. Por mais irônico que seja, é na corrida que muitas vezes descansamos, encontramos paz e sossego, colocamos a cabeça em ordem, enquanto as pernas correm, a cabeça lentamente se esvazia, os músculos cansam, os nervos relaxam, a ansiedade e o estresse dão lugares aos sonhos e tranquilidade.

Corremos por prazer, seja pelo prazer de ser mais rápido ou de ir mais longe ou seja apenas pelo prazer de cruzar a linha de chegada. Aos poucos, a corrida entra na nossa vida e passa a fazer parte de nós, sem ao menos darmos conta disso e geralmente nos damos conta quando por alguma lesão ou compromissos do dia a dia, somos “forçados” a ficar um tempo sem correr, esses dias parados são os mais tediosos possíveis e passamos a fazer contagem regressiva para a volta.

Passamos a viver corrida, respirar e transpirar corrida, maioria das vezes intuitivamente. Passamos o dia pensando na hora do treino, a semana planejando a retirada do kit ou a chegada na prova e nas horas de descanso, meio que sem querer, estamos pesquisando quando será a próxima corrida, mais da metade do nosso guarda-roupa é de camisetas de corrida, parte dos nossos quadros são porta medalhas e demais lembranças de cada árdua batalha enfrentada no asfalto, trilha, praia, etc.

Antes de começar a correr sempre achávamos os corredores loucos, por correrem nos horários e climas mais improváveis, com o tempo confirmamos que são loucos, mas agora fazemos parte deles e entendemos o porque dos treinos durante as madrugadas, no meio tarde ou no meio da chuva. Com o tempo não corremos mais de acordo aos nossos compromissos, mas fazemos nossos compromissos de acordo à corrida. Apesar disso tudo, não deixamos de ter vida social, de sair, ir em festas, confraternizar com os amigos seja pelas vitórias da vida ou da corrida, bem, pelo menos a maioria de nós.

Todo corredor sabe que a corrida é viciante e talvez, só talvez, eu já esteja em um caminho sem volta, mas afinal, quem disse que eu queria voltar? Quero continuar aqui respirando motivação e transpirando endorfina, aumentando o número de amigos corredores, como aumento a quantidade de quilômetros na bagagem, sem pressa para chegar, sem um ponto final, mas com várias linhas de chegada.

Thiago Lima

Café com corrida

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Presente nos restaurantes mais chiques ou nas casas mais simples, o café faz parte da realidade e do dia a dia do povo brasileiro e não atoa, é a segunda bebida mais consumida no Brasil, perdendo apenas para a água, é o que garante pesquisas realizadas pela Associação Brasileira da Indústria e do Café (ABIC)¹.

Seja para despertar, dar ânimo ou apenas um momento de relaxamento, o café já faz parte da nossa cultura e muito mais do que um hábito, ele traz muitos benefícios, como aumento de energia, deixa o corpo mais desperto e o coração mais sadio. Além disso, funciona como um leve antidepressivo, uma vez que aumenta a ação da dopamina no nosso organismo. Apesar disso, para nós corredores, as vezes fica a dúvida: o café influência de alguma forma na corrida? A resposta é sim, “a substância promove efeitos fisiológicos que ajudam a melhorar a performance. Ela é rapidamente absorvida no trato gastrointestinal e é um estimulante suave que afeta múltiplos sistemas e órgãos”².

A cafeína estimula a contração muscular, gerando melhorias no desempenho dos exercícios, principalmente em corridas mais curtas, onde a intensidade tende a ser maior e por um período mais curto. Outro ponto positivo, é que a cafeína “eleva as taxas de ácidos graxos livres no sangue, ativa o efeito que poupa as reservas de glicogênio (combustível energético limitante em provas de resistência, ou maratonas). Levando ao aumento da resistência do corredor”³. Além disso, o café melhora  o foco e concentração e por ser uma bebida termogênica, acelera a queima de gordura.

Apesar dos benefícios, o café deve ser tomado de forma moderada, evitando assim o excesso, pois o mesmo pode trazer efeitos negativos para o organismo, como desconfortos intestinais, insônia, gastrite, etc., além disso, “embora não haja evidência consistente de efeitos adversos em um sistema cardiovascular saudável, alguns atletas – como os com doenças cardíacas pré-existentes, grávidas e aqueles que tomam certas medicações – devem limitar a ingestão de cafeína”². Para aqueles que já estão acostumados a tomar uma xícara de café antes das corridas, o indicado, é apenas que não seja tomado por um período menor que 30 minutos antes da atividade.

Com tudo o que vimos acima, podemos afirmar que na medida correta podemos unir duas paixões e ter um ótimo resultado. Boa corrida e um delicioso cafezinho a todos.

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Coelho

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Foto: Exame¹

Todos os esportes utilizam uma certa linguagem própria e com a corrida de rua não é diferente. Termos como pace, altimetria, quebrar, pelotão, etc, são muito comuns no meio dos corredores, apesar disso, em poucos treinos e conversas qualquer novo corredor é capaz de entender essa linguagem peculiar.

Em uma das modalidades de corrida de cachorro, é utilizado um coelho mecânico, fazendo com que os cachorros corram atrás dele, afim de dar mais ritmo e velocidade à corrida. Tendo o mesmo princípio, surge mais um termo na corrida de rua, o coelho.

Assim como na corrida de cachorro, o coelho é utilizado nas corridas de rua para dar ritmo à corrida. Nesse caso porém, os coelhos são atletas profissionais, também conhecidos como pacers ou marcadores de ritmo, contratados por organizações ou equipes, para manterem um determinado ritmo, durante um determinado trecho da prova, ajudando os atletas profissionais a controlarem a velocidade e muitas vezes, quebrarem recordes.

Além de controlar o ritmo e ser um estímulo para o atleta que está atrás, outro motivo positivo para o sucesso na utilização dos coelhos é “que a resistência do ar diminui a velocidade dos corredores mais rápidos. Estudos sérios com túnel de vento sugeriram que ficar atrás de outro corredor permite a um atleta de elite correr por até 100 segundos mais rápido em 42km”² e nós corredores, profissionais ou amadores, sabemos a importância e a diferença que faz cada segundo.

Geralmente, em uma maratona, os coelhos não correm mais do quem 32 km, abandonando assim a corrida, porém, já houve casos em que o coelho não só concluiu a corrida, como também venceu. Em 1994, o nosso tão conhecido Vanderlei Cordeiro de Lima, foi convidado para ser coelho na Maratona de Reims, na França, ele deveria abandonar a prova nos 21 km, porém, se sentindo bem e com autorização da organização continuou a corrida e acabou vencendo.

Apesar de serem bastante comuns em muitas maratonas, algumas organizações, como as Maratonas de Nova York e de Boston, não só não aprovam a atitude de utilizar um atleta para puxar ritmo, como proíbem tal ato durante as suas competições, acreditando ser uma afronta ao espírito esportivo.

Embora os coelhos sejam frequentemente utilizados em maratonas, eles também estão constantemente presentes em Meias Maratonas ou até mesmo em provas mais curtas.

Tirando o foco do mundo profissional, no meio amador, atletas mais experientes ou mais velozes, são utilizados pelas equipes para incentivarem os outros corredores a atingirem novas marcas e recordes pessoais. Fazer alguns treinos com alguém mais rápido que você, pode além de te estimular, trazer grandes resultados.


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2ª Corrida/Caminhada Franceschi

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No último sábado, a equipe Top Team, participou em grande número da Up Night Run em Paulínia, corrida que teve percursos de 5 e 10 km e foi marcada por muita chuva, tornando a prova ainda mais cansativa, mas em momento algum menos alegre e divertida, como, no final das contas, tem que todas as corridas. 

O difícil trajeto e cansaço, não foram impedimentos para que no dia seguintes grande parte desses corredores estivessem presentes na corrida e caminhada realizada pelo Laboratório Franceschi, no Parque do Taquaral em Campinas. Essa foi a sua 2ª Corrida e Caminhada organizada pelo Laboratório e desta vez teve um duplo objetivo, o primeiro deles, reforçar a conscientização à prevenção ao câncer de mama e ao câncer de próstata, o já tão conhecidos, Outubro Rosa e Novembro Azul. O segundo objetivo era dar continuidade ao projeto de qualidade de vida dos seus colaboradores, projeto este, que teve início no começo do ano e vem trazendo resultados positivos a cada dia, trazendo mais adeptos ao esporte e principalmente, melhorando consideravelmente a vida dos participantes. 

A iniciativa desse evento foi da Laura Prado, que contou com o apoio da educadora física Eloiza Silva na idealização e organização. Contou ainda com a parceria da A Academia, que ajudou na redução dos custos, além de claro, a parceria com a equipe Top Team. 

O evento contou com pouco mais de 90 pessoas, além de integrantes da equipe Top Team Paulínia, como já mencionado, estiveram presentes colaboradores do Laboratório Franceschi, familiares e amigos, que se dividiram em percursos de 5 e 10 km, para corrida e caminhada, onde os atletas mais experientes buscaram orientar e incentivar os mais novos durante todo o trajeto. O evento, contou ainda com um café da manhã com frutas, bolo, suco, etc., além de aquecimento e alongamento realizado sob a orientação da Eloiza. 

O evento teve um saldo positivo, conseguindo levar a mensagem de conscientização às prevenções, dando continuidade ao projeto de qualidade de vida e iniciando novas pessoas em um mundo menos sedentário e mais saudável. Ao final foram só elogios, agradecimentos e planos de futuras atividades e de uma vida melhor. 

Nós da Top Team não poderíamos deixar de fazer agradecimentos especiais a aqueles que muito colaboraram com a realização do evento, o próprio Laboratório Franceschi, A Academia, NutriEnergy, Wizard Paulínia, Carlos Chaveiro e Celso Frutas, e também aos professor da equipe Top Team, Nilson e ao integrantes, Sérgio, Giovana, Celson, Valter, Juari e Du que ajudaram em toda a logística, montagem, distribuição de água, etc., por fim e não menos especial, um mega agradecimento a todos que participaram, sem vocês o evento não seria tão perfeito.


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Madonna Buder

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Foto: Globo Esporte¹
Nem sou capaz de contar quantas vezes já ouvi pessoas afirmarem não começar a correr por serem velhas demais para isso, como se em algum lugar estivesse escrito que para começar a correr precise ter apenas 20 anos. A cada dia vejo mais e mais pessoas adotando o esporte como estilo de vida e mostrando que esse pensamentos não passam de desculpas reconfortantes para quem a utiliza. Hoje, venho compartilhar justamente a história de uma mulher que começou a correr com quase 50 anos, mas isso não é nem de perto o mais emocionante da sua história.

Seu nome é Madonna Buder. Hoje, aos 87 anos de idade, a Sister Madonna, como é conhecida no mundo esportivo, coleciona histórias, curiosidades e conquistas. Para ela, as difíceis decisões da vida começou logo cedo, quando aos 14 anos decidiu se tornar freira, contrariando sua própria família, mesmo assim, aos 23 anos entrou para o convento.

Em meio a sua vida religiosa, aos 48 anos, por indicação de um padre, teve o seu primeiro contato com a corrida e desde então nunca mais abandonou o esporte, ao contrário, só aumentou a prática esportiva. Já utilizava a bicicleta como meio de transporte, então foi unir o útil ao agradável. Pouco tempo depois, através do incentivo de amigos, decidiu começar a praticar também natação e com isso o triathlon. Desde então, já foram mais de 350 provas, dentre elas mais de 45 Ironmans (3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42 km de corrida), o que acabou lhe rendendo o apelido de “Freira de Ferro”.

A trajetória da Sister Buder não é marcada só por flores, no meio do caminho enfrentou muitas lesões, algumas delas graves. Já sofreu lesões dias ou semanas antes de competições importantes e até mesmo nas próprias provas, obrigando-a a abandoná-la, como por exemplo, em 1986, quando fraturou o pé faltando apenas 13 km para o final do Ironman na Austrália. Apesar disso, dedicação, força de vontade e perseverança sempre foram o seu forte, com isso, as marcas e recordes conquistados se tornaram hábitos. Uma de suas principais conquistas, foi em 2005, já com 75 anos, quando participou do Mundial do Ironman pela primeira vez, completando a prova em 16 horas e se tornando assim, a mulher mais velha a completar a prova. Coleciona ainda outros prêmios categorias e já "obrigou", inclusive, organizações a criarem novas categorias de faixa etária. 

Ainda hoje, ela continua treinando, correndo, pedalando e nadando, buscando novas marcas e conquistas, mostrando para si e para o mundo que não tem idade para começar e não tem idade para parar, que nós somos reflexos dos nossos sonhos e de nossas lutas. 

Quando escuto alguém dizer que não pode fazer tal coisa porque está velho, costumo dizer que não saberia o que fazer se nunca mais pudesse correr”² - Madonna Buder²

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Referências:

Calendário de Corridas de Rua - Campinas e Região 2018

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 Atualizado em 29 de Novembro de 2018

As corridas incluídas e/ou atualizadas recentemente estão com títulos em vermelho




*As datas podem sofrer alterações
*As demais informações serão atualizadas quando confirmadas pelas organizações
*As inscrições têm valores diferenciados para pessoas acima de 60 anos
*Caminhadas costumam ter valores diferenciados, no calendário consta apenas valores das corridas

Outubro Rosa

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O Outubro Rosa já se tornou um mega movimento de conscientização à prevenção ao câncer de mama, com as mais variadas manifestações em todo o mundo. O câncer de mama, está entre as doenças que mais atingem mulheres em todo o mundo, principalmente após os 35 anos.

Em prol da causa e da conscientização da realização de exames, empresas mudam logos, fazem propagandas, times (em diversos esportes) mudam uniformes e claro, corridas são realizadas no mundo inteiro, fazendo referência ao Outubro Rosa. Porem, o que poucas pessoas sabem, é que o Outubro Rosa começou justamente com uma corrida.

Em 1990, a Fundação Susan G. Komen for the Cure, realizou em Nova York, a primeira Corrida pela Cura (Race for Awareness), onde distribuiu para todos os participantes um laço cor de rosa, símbolo que segue até hoje, como sinônimo da prevenção ao câncer de mama. Desde então, em todos os anos a corrida foi realizada, mas foi em 1997 que a campanha começou a ganhar folego, quando entidades das cidades de Yuba e Lodi, também nos Estados Unidos, começaram a aderir à campanha, realizando ações voltadas para a causa. Foi então que começaram a enfeitar a cidade com laços rosas e eventos foram realizados para esse fim, como desfile de moda com mulheres que tiveram a doença, corridas, partidas de boliche, etc.

No Brasil, a primeira iniciativa ocorreu no outubro de 2002, onde o monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista, conhecido como Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo (SP), foi todo iluminado de rosa, através de uma iniciativa de mulheres simpatizantes com a causa e de empresas que abraçaram a ideia.

Aqui no Brasil, a exemplo dos Estados Unidos, desde o primeiro ato, em todos os anos a campanha ganha mais e mais adeptos, focados em “compartilhar informações sobre o câncer de mama, promover a conscientização sobre a doença, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade”¹, tudo isso é feito, por exemplo, através das diversas propagandas, nos mais variados meios de comunicação, com explicações e incentivos aos exames de prevenção, mutirões de mamografia em várias cidades de todo o país e muita corrida, que a cada ano cresce consideravelmente, tanto em quantidade de corridas, quanto de participantes, sempre voltados para a causa, muitas inclusive, com o dinheiro das inscrições destinadas a ONGs e instituições que buscam a prevenção e tratamento da doença.

Cada vez mais, a corrida, vem desempenhando um grande papel no nosso dia a dia, sendo capaz de mover e comover as pessoas em atitudes como estas, além de trazer inúmeros benefícios para o corpo e para a mente.

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Referências:

1 - http://www.inca.gov.br/outubro-rosa/outubro-rosa.asp
http://www.outubrorosa.org.br/historia.htm
http://www.pink-october.org/
https://www3.hermespardini.com.br/pagina/1091/outubro-rosa--numeros-do-cancer-de-mama-e-cuidados.aspx

Lesão de menisco

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Foto: Globo Esporte¹

Já não é segredo algum, que os joelhos são uma das partes do corpo que mais sofrem com as lesões durante a corrida e a lesão de menisco, é mais uma a assombrar a vida dos corredores.

Os meniscos são estruturas cartilaginosas e em cada joelho possuímos dois, o menisco medial, que fica na parte interna e o menisco lateral, que fica na parte externa. Por ser maior, o menisco medial é também o que esta mais propício a lesões, tanto, que sofrem com lesões cerca de 3x mais que o menisco lateral.

Os meniscos são fundamentais para a biomecânica da corrida, pois agem nos joelhos “como lubrificadores, estabilizadores, amortecedores e distribuidores de carga dentro da articulação. As fibras de colágeno de tecido dissipam as forças de compressão na articulação, reduzindo assim a força direta sobre a cartilagem articular”².

Entorse do joelho é a principal causa da lesão de menisco, por isso é uma lesão muito comum em esportes onde a rotação do joelho é muito exigida, o lado bom, para nós corredores, é que esse tipo de situação acontece com pouco frequência dentro da corrida. Por outro lado, a lesão de menisco se torna comum na corrida, em especial em atletas após os 40 anos, devido ao microtrauma de repetição, ou seja, o desgaste ocasionado pelo envelhecimento e impacto repetitivo do mesmo.

Os principais sintomas apresentados são inchaço dos joelhos e limitação de movimentos, além de dores na região, que podem apresentar períodos mais ameno e períodos de dores mais intensas, principalmente ao realizar movimentos como agachamento e flexão da perna.

Na fase inicial da lesão, o tratamento, geralmente, é feito de forma conservadora, através da fisioterapia e utilização de analgésicos, anti-inflamatórios e compressas de gelo. Até pouco tempo atrás, em casos mais brandos, o tratamento utilizado era apenas a meniscectomia, uma cirurgia para retirada da parte lesada do menisco. Hoje, já são utilizadas também outras formas de tratamento, como a viscossuplementação que “consiste nas injeções intra-articulares de ácido hialurônico, que é o mesmo componente que já existe no líquido sinovial de uma articulação saudável”¹. Além disso, com o aprimoramento das técnicas de vídeo-artroscopia, foi desenvolvida a técnica de reinserção meniscal, em outras palavras, a técnica devolve o menisco no lugar onde estava antes da lesão.

O fortalecimento dos músculos e utilização de tênis adequado para a corrida, são sempre meios de prevenir lesões e no caso da lesão de menisco, isso não foge à regra, isso porque com a musculatura fortificada e calçados corretos, os joelhos tendem a sofrer menos com o impacto e consequentemente, sofrem menos desgastes.

Apesar de conhecermos um pouco sobre a lesão, nos primeiros sintomas o médico deve ser consultado para diagnóstico correto e início de tratamento, se necessário, essa sem dúvida é a forma mas eficaz de se livrar da lesão e retornar à corrida o mais rápido possível. 
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Referências:

Maratona de emoções - 7º Desafio 28 Praias

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Sábado, 30 de setembro.

A semana que antecedeu à corrida, foi marcada pela alta expectativa, ansiedade e preparação para o grande dia, sem contar as infinitas pesquisas sobre a previsão de tempo, que insistia em anunciar que o nosso sábado seria de muita chuva. No dia anterior, todos os sentimentos foram intensificados e de quebra veio a preocupação com mensagens que recebíamos, nos alertando sobre uma provável tempestade.

Chega enfim o dia e aos poucos nossos receios, assim como as nuvens mais carregadas, foram se dissipando. Nossa alegria e euforia, foram aumentando, embora o sol não tenha dado lá muito as caras, São Pedro foi caridoso com as centenas de corredores que estavam preparados para mais uma superação no 7º Desafio 28 Praias, em Ubatuba, dentre esses, 19 guerreiros da equipe Top Team A Academia de Paulínia, que, com percurso inédito, se quer imaginavam o que os aguardavam à frente.

Às 7h foi dada a largada para 4 dos nossos guerreiros, que saíram em busca de percorrer sozinhos todo o trajeto de 42 km. Às 7:30 foi então a vez dos 3 quintetos começarem a difícil jornada. Eram muitas subidas e descidas, algumas quase que escaladas, temperadas com os mais variados tipos de terrenos, terra batida, areia fofa, mata fechada e de quebra, muita água, suor e às vezes, até um pouco de sangue, afinal tombos também fazem parte do trajeto. Na medida em que as horas avançavam, os trechos e obstáculos foram passando e no final a linha de chegada nos esperava para arrancar do rosto, lágrimas e sorrisos de um misto de alívio e alegria.

Os quintetos, buscaram e alcançaram superação, trazendo ótimos resultados individuais e em grupo e mais uma vez, a equipe Top Team A Academia subiu ao pódio, agora com um 4º lugar no quinteto. Dos 4 guerreiros solo, 3 concluíram com muita garra e determinação, sem pressa, com objetivo único de chegar ao fim e aqui faço uma ressalva, ao nosso guerreiro que precisou desistir: muitas vezes a nobreza de corredor está no reconhecimento do seu limite, é difícil abrir mão de algo, mas as vezes é aí que mora o nosso maior trunfo, vencer o ego.

Nenhuma dessas conquistas, pessoais ou em equipe, vem sem um motivo específico, isso é fruto de semanas, meses e anos de preparação, de empenho e dedicação de cada um da equipe, motivado e bem instruído pelo professor Nilson Ventura, que não atoa foi convidado para iniciar um grupo de corrida da A Academia na unidade de Campinas. Nos últimos meses, a equipe Top Team A Academia, tem conseguido resultados expressivos, essa, por exemplo foi a terceira etapa seguida do Desafio 28 Praias que a equipe conquista ao menos um pódio. Além disso, premiações por faixa etária em outras competições, novos maratonistas, novas marcas, primeiras corridas, novos corredores e vem cada vez mais ganhando novos adeptos, fazendo com que a Top Team e A Academia estejam constatemente representados nas diversas corridas da região. A força, união e companheirismo dessa família, me deixa sem palavras para expressar meus eternos agradecimentos e o mais prazeroso disso tudo, é saber que estamos apenas no começo.

Que venha os novos desafios!


Aquecimento

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Foto: My Runner Assessoria¹

Negligenciado por muitos corredores, o aquecimento é uma etapa importante antes de toda atividade física e a corrida não foge à regra. O aquecimento, quando bem realizado é capaz de trazer alguns benefícios e de evitar uma série de riscos e imprevistos.

Quando falamos em aquecimento, muitos associam também o alongamento, este, por sua vez, é um assunto ainda muito debatido e possui alguns prós e contras e com certeza, logo em breve será tema no blog. Por ora, o assunto será exclusivamente o aquecimento.

Uma das principais funções do aquecimento é elevar a temperatura corporal e frequência cardíaca, tirando assim, o corpo do estado de repouso, fazendo com que ele prepare e lubrifique as articulações e desperte os músculos para a intensa atividade que virá em seguida. Além disso, prepara todo o sistema cardiovascular e pulmonar, deixando-os aptos à realização da atividade.

No que se refere à elevação da temperatura corporal, está comprovado cientificamente que a hemoglobina (responsável pelo transporte de oxigênio aos tecidos), em temperaturas elevadas no organismo, perde a afinidade com o oxigênio, o que facilita a liberação desse gás para os músculos em atividade e melhora o desempenho do praticante”². Além de um melhor desempenho, com o corpo devidamente aquecido, músculos, tendões e articulações preparados para a corrida, o risco de lesões caem drasticamente, a prova disso, é que em praticamente todas as lesões que lemos sobre, o aquecimento é tido como uma ação preventiva.

Apesar de tantos alertas, matérias e informações sobre o assunto, muitos corredores ainda negligenciam o aquecimento, alegando já começar a sentir o cansaço durante a própria atividade. Porém, o que maioria desses corredores não compreendem ou não sabem, é que esse é um cansaço positivo, uma vez que “em geral, entre 8 a 12 minutos você consegue consumir mais oxigênio por entrar na via energética oxidativa e assim sua atividade fluirá muito mais facilmente”¹.

O ideal, é que o aquecimento seja feito durante aproximadamente 10 minutos, no início de forma mais leve, em seguida sua intensidade pode ser aumentada gradualmente. No entanto, o clima deve ser levado em consideração, uma vez que, em dias mais frios o corpo demora mais tempo para aquecer, o tempo de aquecimento deve ser então aumentado e em dias mais quentes, o tempo pode ser diminuído, já que a temperatura corporal já esta mais elevada.

Embora não muito falado, acredito que o aquecimento tem um poder psicológico muito grande, afinal, muitas vezes nos sentimos indispostos ou desanimados para correr e apenas em alguns minutos de aquecimento a disposição reaparece apenas ao lembrar a mente e o corpo do prazer que a corrida nos traz.

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Referências:

Ciatalgia

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O nervo ciático, assim como muitos outros nervos, articulações e músculos, é lembrado e associado por nós, muito mais pela dor do que pelas suas funções ou pelo seu tamanho. A tão conhecida dor vem da sua inflamação, conhecida como ciatalgia, tão comum, que atinge aproximadamente 15% da população, esportistas ou não.

Principal nervo dos membros inferiores, o nervo isquiático, popularmente conhecido como nervo ciático, é também o mais longo do corpo humano, vai desde o dedão do pé até a região lombar, “ele controla as articulações do quadril, joelho e tornozelo, e também os músculos posteriores da coxa e os músculos da perna e do p锹.

O Nervo ciático é o responsável pela enervação dos membros inferiores, por conta disso, “a dor pode ocorrer em vários lugares, porém os mais comuns são a região glútea posterior, o dedão do pé e a face lateral da coxa e da perna”¹, as dores podem ser intensificada em ações simples como sentar, levantar, tossir e espirrar, podendo começar de forma mais sutil durante o dia e intensificando à noite. Além das dores, outros sintomas comuns são espasmos, formigamento, fraqueza muscular, baixa sensibilidade e sensações de choque ao tocar o pé no chão.

A ciatalgia pode ser consequência de outras lesões, como a hérnia de disco (a grande maioria dos casos) e a síndrome do piriforme, porém pouca força dos músculos dos membros inferiores, sobrepeso e a má postura durante a corrida, podem ser outros agravantes para o surgimento da lesão. Com isso, podemos perceber cada vez mais a importância do fortalecimento muscular para a corrida e do acompanhamento profissional durante as atividades, para dosagem de intensidade e quantidade correta nos treinos, além de correções e melhorias posturais na mecânica da corrida.

O tratamento da ciatalgia depende da gravidade de cada caso. Na grande maioria dos casos, o tratamento passa por anti-inflamatórios, fisioterapia, quiropraxia, massoterapia, injeções lombares, etc., mas “em torno de 10-20% dos casos a cirurgia é necessária para corrigir o problema”².

Ter conhecimento sobre as lesões e seus tratamentos, é muito bom para entendermos o que temos e qual o processo precisaremos passar, ter conhecimento sobre as prevenções e sintomas é muito bom para podermos tentar minimizar os riscos e ligar o alerta já nos primeiros sinais. Porém, nada disso dispensa o acompanhamento médico, grave ou não, o acompanhamento é fundamental para diagnóstico correto e tratamento eficaz.

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Referências
1 - http://www.aminhacorrida.com/nervo-ciatico/
http://www.provital-quiropraxia.com.br/blog/index.php/dor-ciatica-ciatalgia/
http://vidaquecorre.com.br/dor-no-gluteo-apos-a-corrida-pode-ser-sinal-de-problema-muscular/
http://www.copacabanarunners.net/ciatica.html

O poder do açafrão

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Foto: Treino mestre*

Já esta mais do que comprovado que os treinos não são os únicos responsáveis por um bom desempenho durante a corrida, aliado a isso estão a hidratação e nutrição, que desempenham um papel importante para todo atleta. Quando bem realizados e nas proporções corretas, acabam fazendo um grande diferencial nas pistas e ruas.

Muitos são os alimentos que trazem benefícios para o corredor, muitos desses já são conhecidos e consumido em grande escala por todos, porém, outros alimentos não são tão conhecido, ou mesmo que seja, muitas vezes não é do nosso conhecimento os seus benefícios e é exatamente assim que acontece com o açafrão.

Também conhecido como cúrcuma, o açafrão é uma poderosa especiaria muito utilizada como tempero, principalmente na culinária indiana, local de origem do alimento. Bastante utilizado na produção de alimentos como macarrão, biscoitos, bolos, carnes, etc., devido a sua forte tonalidade é também utilizado como corante natural na indústria têxtil, perfumaria, etc. Porém, os poderes do açafrão vão muito além de cores e sabores.

Em estudos recentes, realizados pela Universidade Federal de Goiás (UFG), onde atletas, com e sem o consumo do açafrão, foram monitorados por pesquisadores, através de coleta de sangue antes, durante e após realizarem treinos de 21 km, foi então observado que “logo após a prova e 24 horas depois, ocorreu o aumento da atividade anti-inflamatória no grupo que recebeu o açafrão, além da redução de um marcador de lesão muscular denominado mioglobina. Indicando, portanto, que a cúrcuma proporciona recuperação muscular mais rápida e menor dano muscular”¹.

Além de funcionar no organismo como um anti-inflamatório, auxiliando na diminuição de dores e inflamações das articulações, o açafrão tem também a função de antioxidante, protegendo as células sadias da oxidação dos radicais livres, que é intensificada durante os treinos longos, combate o envelhecimento precoce e doenças inflamatórias. Os benefícios não param por ai, o açafrão possui ainda outras funções, como: antiparasitária, antiespasmódica, antibacteriana, imonoestimulante, hipoglicemiante, anticancerígena e cardioprotetora, onde “ajuda e fortalece a saúde do coração, auxiliando e protegendo o músculo contra infartos e outras doenças cardíacas”².

Geralmente encontrado em pó ou cápsulas, a indicação de consumo diário é de uma colher de sopa ou 5g, que deve ser adicionada após o preparo do alimento, em alimentos prontos, molhos ou até mesmo em sucos. Mas é importante lembrar, que apesar dos muitos benefícios, não existe alimento milagroso, tudo é uma junção de coisas, fatores e condições, por isso o acompanhamento profissional e nutricional é indispensável.

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Referências:

1 - http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/nutricao/noticia/2016/06/acafrao-tem-poder-pesquisa-mostra-melhora-no-desempenho-de-atletas.html
2 - http://www.conquistesuavida.com.br/noticia/acafrao-para-recuperacao-fisica-descubra-os-beneficios-da-curcuma-para-atletas_a5465/1
https://www.ativo.com/nutricao/curcuma-imunidade-para-atletas/
https://boaforma.abril.com.br/fitness/8-alimentos-que-turbinam-o-seu-treino-de-corrida/

Quando corro minha alma voa...

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Histórias de superação são as que mais me inspiram, pessoas que motivam e são exemplos são as que mais admiro. Hoje, tenho a oportunidade de compartilhar um pouco da história dessa mulher que aprendi a admirar e que hoje tenho o prazer de chamar de amiga e companheira de corrida, Giovana Kanazawa:

Desde pequena, sempre gostei muito de esportes! Eu era meio mulecona, gostava muito de correr, andar de bicicleta, jogar futebol, vólei, basquete e por ai vai. O esporte está no sangue e vem de família, tenho dois tios professores de educação física, que incentivam muito o atletismo e, naturalmente, foram os meus primeiros incentivadores.

No período da escola, eu, como quase toda criança, adorava as aulas de educação física e gostava mais ainda quando tinha provas de corrida, pois participava sempre.

O tempo foi passando, as coisas foram mudando e novos desafios foram surgindo, um deles foi me tornar mãe aos 16 anos, isso fez com que minha vida tomasse outros ares, outros rumos. Agora a dedicação ao esporte precisava diminuir, afinal, precisava cuidar do meu filho, da casa e do meu marido.

Os obstáculos que me separavam do mundo do esporte, não paravam por aí. 7 anos mais tarde, voltei a engravidar e dei a luz mais uma vez a um menino, que para meu total desespero, viria a falecer 20 dias depois. Foram tempos difíceis, me senti sem chão.

Pouco tempo depois, engravidei mais uma vez e veio então o terceiro menino, mais um homem na minha vida, para a alegria de todos. Quando ele completou 5 anos de idade, decidi que estava na hora de voltar a correr, fazer o que sempre gostei, pois sabia o quanto era bom e o quanto precisava disso.

Correr passou a ser então a minha terapia. A cada passo, um desejo de que nada de mal aconteça, o medo foge e a esperança cresce. Quando corro, minha alma voa, meus pensamentos se alinham e meu corpo agradece. Correr é a minha paixão e é nela que me desestresso, faço novas amizades, enfim, me sinto livre. Algumas pessoas ainda me perguntam: “Gi, você corre tanto do quê? Por quê?” e aos risos sempre respondo: “do que eu não sei, mas garanto que é a melhor coisa que faço”.

Há um tempo atrás, através de uma cintilografia óssea, fui diagnosticada com uma microfratura por estresse devido ao impacto e como essa é uma lesão que já possui histórico na família, a fim de evitar o seu agravamento, fui “obrigada” a ficar cerca de 6 meses sem correr. Porém, como não consigo viver longe de uma atividade física, passei aquele período fazendo os exercícios que me eram permitidos, como musculação dos membros superiores.

Hoje aos 44 anos e recuperada da lesão, posso dizer que me sinto muito bem e pretendo continuar até quando Deus me permitir. Já participei de aproximadamente 50 corridas, incluindo uma meia maratona, já tive a oportunidade de subir no pódio, por categoria, mas esse não é o meu foco, pois em todas as corridas que participo, minha meta é chegar bem e incentivar novas pessoas. Hoje, além de correr, pedalo um pouco e participo de diversas atividades na academia.

No passado, não contava com incentivo algum e mesmo que fosse perigoso, saía para correr sozinha, pois precisava desse momento comigo mesma, deste equilíbrio físico e mental. Com o passar do tempo, fui conhecendo professores, que passaram a me incentivar e hoje, além de muitos amigos corredores, tenho a companhia do meu marido, meu parceiro de quase 30 anos de vida, que se tornou meu parceiro também no asfalto, nas passadas e pedaladas.

Em primeiro lugar, agradeço a Deus, pois sempre sinto a presença dEle, onde quer que eu esteja, faça chuva ou faça sol. Agradeço ao meu marido e meus filhos, por estarem ao meu lado, por me incentivarem e estarem presentes em tudo na minha vida e agradeço ainda, aos meus amigos corredores, que são minha segunda família.

Meu lema: Viver intensamente e aproveitar cada segundo.

Por Giovana Maria Von Ah Kanazawa
"Não sei nem expressar o quanto essa mulher é minha parceira, minha companheira, meu porto seguro. Estar na companhia dela é uma alegria todos os dias." - Celso Kanazawa (esposo)

"Exemplo de mãe e mulher a ser seguido, não é fácil fazer tudo o que ela faz" Leonardo Kanazawa (filho)

"Um exemplo de mulher, mãe  e esposa. Com uma empolgação e alegria que contagia e cativa todos a seu redor." Michel Kanazawa (filho)

"A Giovana é mãe, esposa, trabalhadora, corredora, bikers e muito mais. Independente do seu estado, está sempre disposta a incentivar, participar e ajudar em tudo. É simplesmente impossível resumir em palavras tudo o que ela representa para o grupo e pra mim como amiga." Nilson Ventura (treinador)



Cãibras

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Foto: Globo Esporte*

Silenciosa e dolorosa. Sem dar sinais de sua chegada, a cãibra provoca um grande incômodo que pode durar desde alguns segundos, a até mesmo alguns minutos, sendo capaz de acabar com a competição de qualquer atleta.

As cãibras são definidas como lesões ou condição transitória que geram uma forte contração muscular involuntária e dolorosa, causando um ciclo de dor e espasmo muscular”¹, que, geralmente, surge durante uma atividade física intensa, principalmente quando o atleta está pouco condicionado ou mal hidratado. Apesar disso, a cãibra pode acontecer até mesmo em repouso, muitas das vezes, no momento em que o músculo está relaxando da intensa atividade sofrida horas antes. Ainda assim, a cãibra pode afetar até mesmo aqueles que não fazem atividades físicas, nesse caso o principal motivo esta na falta de sódio no organismo.

Durante o esforço excessivo, o organismo perde muitas das suas vitaminas e sais minerais, como cálcio, magnésio e potássio, que são de fundamental importância para a continuidade da atividade, levando assim à fadiga muscular e elevando a possibilidade do surgimento de cãibras. Outro agravante, é o suor e a urina em excesso, pois leva à perda de sódio, nesse caso, quando o organismo esgota as suas reservas energéticas, ele recorre aos minerais encontrados nos músculos e “isso gera uma resposta nervosa que leva a um estresse mecânico e às contrações involuntárias”², cãibras.

O tão famoso e conhecido ditado de que banana evita cãibras, está em partes correto, isso porque a banana é um alimento rico em potássio, no entanto, a ingestão constante deste tipo de alimento ajuda na diminuição de incidência. Por outro lado, se a cãibra for causada pela falta de sódio no organismo, o fato de comer banana regularmente, não fará diferença.

A cãibra pode ser causada ainda pelo excesso de ácido láctico, que “é produzido quando os músculos queimam o glicogênio (forma que a glicose é armazenada no fígado e nos músculos) para obter energia. O ácido lático é um produto residual que provoca dor e fadiga e permanece no tecido muscular até que o sangue em circulação o retire”³.

No momento em que sentir cãibra, é ideal o relaxamento muscular e massagem na região afetada, “alongar depois de passado os sintomas mais fortes, pois durante as fortes contrações, o alongamento pode causar lesões nas fibras musculares”³, descanso e hidratação também são fundamentais.

Com o que vimos acima, podemos perceber que além de um bom condicionamento físico, dois dos principais segredos para a prevenção da cãibra, está na hidratação e alimentação, por isso, é fundamental que a dieta do atleta seja rica em vitaminas e minerais, como potássio, magnésio, cálcio e sódio e que a hidratação seja feita de forma adequada antes, durante e após os treinos e corridas. Além disso, o acompanhamento profissional é fundamental para que os treinos sejam alinhados com os objetivos e estejam sempre na dosagem correta.


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Referências: 

*Foto: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2012/11/o-que-e-caibra-muscular-se-torna-um-pesadelo-para-os-corredores.html
1 - http://www.papodeesteira.com.br/colunistas/fisioterapia-esportiva/caibra-muscular-sintoma-crescente-corredores-ciclistas-triatletas/
2 - https://saude.abril.com.br/bem-estar/caibra-o-que-e-e-como-evita-la/
3 - https://www.ativo.com/saude/caibra-x-corrida-saiba-por-que-as-dores-surgem/
http://revistacontrarelogio.com.br/materia/mitos-e-fatos-sobre-as-caibras-musculares/ 

Ladeira abaixo: a corrida nas descidas

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Foto: Saúde melhor*

 Existe um velho ditado popular, que muitas vezes aplicamos na corrida, que diz: “na descida, todo santo ajuda”.

Falamos tanto isso, porque na descida a sensação de esforço é muito menor, além disso, contamos com a ajuda da gravidade, tanto que, em muitas vezes, é na descida que a grande maioria dos corredores aumentam a velocidade e de certa forma compensam o “tempo perdido” nas subidas. Porém, o que muitos dos corredores não sabem, é que essa é uma atitude errada e que podem trazer muitos prejuízos ao corpo.

Durante toda a corrida, a musculatura de todo o corpo é muito exigida, embora de maneiras diferentes a cada trecho, terreno, intensidade, etc. Nas subidas, por exemplo, exigido mais força dos músculos para gerar a impulsão necessária. Por sua vez, as descidas exigem bem menos impulsão e muito mais contração dos músculos. Nesse caso essa contração é conhecida como contração excêntrica e ocorre quando os músculos geram força enquanto alongam, essa é uma das principais predisposições de lesões como estiramento e distensão muscular.

Outro grande problema das descidas, é que o corpo necessita de um esforço maior para frear, acredita-se que esse esforço chega a ser “até três vezes maior que na corrida plana e duas vezes maior que em subidas”¹, isso acaba causando uma sobrecarga muito maior em todas as articulações, que caso não tenham resistência suficiente, podem acabar lesionando-se, principalmente as articulações do tornozelo e joelho, já que são as que mais sofrem com o impacto.

O fortalecimento de toda a musculatura, tanto inferior como superior, é de fundamental importância para o corredor, pois aumenta a força e resistência dos músculos, tendões, articulações, etc., tornando-os menos suscetíveis a lesões e melhorando a performance durante a corrida.

Alguns especialistas indicam que o aumento do tamanho da passada durante a decide pode facilitar a execução do movimento. Além disso, outro fator importante durante a decida, é a postura. Segundo Marcelo Zenaro Mattos, treinador da Movementls, “a pisada na decida deve funcionar como uma mola, entrando levemente com o calcanhar e impulsionando com a parte da frente do pé, fazendo uma espécie de rolamento com o p锹. Por sua vez os braços devem ser mantidos alinhados ao lado do corpo, evitando cruzá-los à frente, ajustando assim o centro de gravidade e trazendo maior equilíbrio.

Por mais que a decida seja um convite para sair “desenfreado”, diminuindo pace e tempo de prova, toda atenção e cuidado deve ser tomado. Afinal, como diz outro ditado, “mais vale prevenir do que remediar”.


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Referências:


*Foto: https://www.saudemelhor.com/cuidado-com-as-descidas-em-suas-corridas-e-caminhadas/
1 - https://www.ativo.com/corrida-de-rua/treinamento-de-corrida/cuidados-para-correr-em-descidas/
http://www.suacorrida.com.br/treino-finisher/taticas-descida/
http://revistacontrarelogio.com.br/materia/correr-bem-em-descida-tambem-exige-treinamento/
http://www.optimafisioterapia.com.br/artigos/9-blog/52-estiramentos-musculares
http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2016/06/subidas-e-descidas-geram-diferentes-impactos-nos-musculos-e-articulacoes.html
 


Usain Bolt

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Foto: Rolling Stone

Muitos nomes fizeram e fazem parte da história do atletismo. Escreveram e reescreveram histórias, bateram marcas, criaram marcas, inventaram técnicas e modalidades, reinventaram e revolucionaram o mundo do esporte. Alguns desses nomes já foram citados aqui no blog, como Abebe Bikila, Gabrielle Anderseon, Roberta Gibb, Kathrine Switzer, etc., e outros nomes ainda serão lembrados e homenageados e exaltados aqui. Hoje é a vez do grande Usain Bolt.

Usain St. Leo Bolt, vulgo Usain Bolt, nasceu em 21 de agosto de 1986 em Trelawny, na Jamaica. Sempre ligado ao esporte, mesmo que na infância, fosse do críquete e do futebol que gostara. Aos 14 anos, iniciou sua trajetória no mundo da corrida e embora no início não levasse muito a sério, com 15 anos começou sua trajetória de conquistas, conquistando nesse ano suas primeiras medalhas internacionais, entre elas a sua primeira medalha de ouro no 200m, durante o Campeonato Mundial Juvenil de Atletismo, na Hungria, tornando-se o atleta mais novo a ganhar uma medalha de ouro na competição.

Desde então as conquistas foram aumentando e os tempos foram caindo. Em 2008, durante o Reebok Grand Prix de Atletismo de Nova York, Bolt bateu o seu primeiro recorde da carreira, fazendo os 100m em 9s72, recorde esse que seria derrubado outras vezes pelo próprio Bolt.

Ainda em 2008, em Pequim, ele começou a escrever sua história no Jogos Olímpicos, sendo campeão nos 100m e 200m, ambos com recorde mundial. Em 2012 e 2016, em Londres e no Rio de Janeiro, foi novamente campeão nos 100m e 200m, além do revezamento 4x100m. Contabilizando assim, 8 medalhas de ouro em Jogos Olímpicos.

Vale lembrar que, em 2008, foi também campeão no revezamento 4x100m, porém, acabou perdendo a medalha de ouro quando, em janeiro deste ano, o seu colega de equipe Nesta Carter, foi pego no exame antidoping.

Além das conquistas dos Jogos Olímpicos, Bolt soma 14 medalhas em Campeonatos Mundiais de Atletismo, sendo 11 de ouro, 2 de prata e 1 de bronze. É detentor dos recordes mundiais de 100m com 9s58, 200m com 19s19 e do revezamento 4x100m com 36s84, junto com os seus compatriotas Yohan Blake, Michael Frater e Nesta Carter.

Somando todas essas conquistas citadas e dezenas de outras de menor expressão, Bolt tornou-se o maior velocista de todos os tempos e um dos maiores atletas e esportistas que já existiu, ganhando prêmios pelo mundo e condecorações em seu país.

Em sua última aparição como atleta, Campeonato Mundial de Atletismo em Londres, Bolt ficou apenas em terceiro lugar no 100m e amargou no revezamento 4x100m, quando as cãibras o impediram de seguir os último metros, ofuscando sua provável última medalha, mas jamais ofuscando o seu brilho.

Sempre alegre e descontraído, Bolt mostrou ao mundo do que é capaz, mostrou ao mundo do que o esporte é capaz e muitas vezes quase confundido com uma máquina indestrutível, no seu ato final mostrou ao mundo que na verdade não passa de um ser humano vencível e vulnerável, mas ainda sim um herói, admirável, multicampeão e exemplo de esportista.

Ao Bolt, meu muito obrigado pelo que fez pelo esporte e pela corrida e boa sorte em sua nova jornada.

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Referências:


Foto: http://www.rollingstone.com/sports/usain-bolt-worlds-fastest-man-is-jamaicas-hero-w431272
https://www.ebiografia.com/usain_bolt/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Usain_Bolt#Melhores_marcas_pessoais http://www.opovo.com.br/jornal/esportes/2017/01/bolt-perde-ouro-do-4x100m-de-pequim-por-doping-de-colega.html