E que venha 2017

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E chegamos ao fim de mais um ano, esse foi tão rápido que parecia um queniano em plena maratona. Foram muitos treinos, corridas, esforços, dedicações, algumas privações, contusões e decepções, mas as medalhas e principalmente as conquistas pessoais, foram sem dúvida, maiores e mais importantes do que qualquer sofrimento, são esses resultados que levaremos para sempre ou, pelo menos, para o próximo ano, afim sempre de superá-los. 

2016 foi um ano marcado de superação para muitos corredores, alguns fizeram sua primeira maratona, meia maratona, passou de 5 para 10 km, ou simplesmente decidiu largar uma vida sedentária e começou a correr, ou até mesmo a praticar outros tipos de esportes, com o intuito de começar uma vida mais saudável, independente de quais foram as conquistas, estão todos de parabéns. 

Para mim, as conquistas relacionadas à corrida foram além das pistas e de um par de tênis, algumas das principais conquistas foi o nascimento do blog, a conquista de novas amizades e a ingressão em um grupo de corrida, além claro, de muito aprendizado sobre vários fatores e curiosidades que englobam o mundo da corrida. 

Para alguns, entramos agora no sprint final de 2016, afinal dia 31 ainda tem corrida, para outros já entramos no day off, momento de relaxar, curtir e comemorar tudo o que foi conquistado e alcançado durante esse tão difícil e árduo ano. 

Assim como na corrida, 2016 passou por uma variação muito grande de altimetria, foram muitos altos e baixos, alguns terrenos foram mais difíceis de percorrer, enquanto outros foram bem mais fáceis, durante o trajeto duvidamos muitas vezes de nossa capacidade, em diversos momentos foi necessário buscar uma ajudinha, um folego extra, para que assim tivéssemos pernas suficientes para seguir em frente e independente do nosso ritmo, teve sempre alguém nos incentivando e motivando a ir cada vez mais longe, nos mostrando que sim, somos capazes de ser melhores e de alcançar os nossos objetivos. Por fim, independente de qual tenha sido o seu percurso, ele está acabando, a linha de chegada é logo ali, é só levantar as mãos em agradecimento e comemorar a chegada, porque logo logo têm mais uma largada, a largada da corrida 2017. 

Boas festas, bons treinos, boas corridas, muitos kms e um excelente 2017 para todos!

Meia de compressão

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Muitos são os equipamentos e acessórios que compõem o mundo de um atleta de corrida, alguns são indispensáveis, como o tênis, outros, prometem trazer melhor controle, qualidade ou conforto durante a corrida, como relógios com gps, viseiras, óculos de sol, cinto de hidratação, etc. Muitos desses equipamentos ou acessórios, embora não sejam obrigatórios, estão constantemente presentes no dia a dia dos corredores.

A meia de compressão é um desses inúmeros acessórios utilizados pelos corredores, principalmente em provas de longa distância, porém, apesar de populares e de uso tão recorrente, ainda levantam questionamentos sobre as suas funções e vantagens durante a corrida, sendo que até o momento não existem estudos comprobatórios de tais benefícios. 

As meias de compressão foram criadas com o objetivo de diminuir a sensação de cansaço e peso nas pernas, principalmente após provas e treinos de longa distância, o que ajuda na redução de lesões. Essas meias, “têm a função de barreira elástica para os músculos da panturrilha, comprimindo a musculatura e melhorando o retorno venoso, que aumenta o fluxo sanguíneo na região. Por conta disso, há uma maior oxigenação e remoção de lactato, responsável pela regeneração mais rápida da área afetada”¹. Além desses, outros prováveis benefícios, que podemos destacar é a manutenção da temperatura corporal, em especial nas pernas, e a redução da vibração muscular provocada nas panturrilhas, promovendo assim maior equilíbrio e propriocepção e consequentemente, menor fadiga muscular.

Apesar de todos esses benefícios ainda não serem reconhecidos e comprovados cientificamente, muitos atletas renomados, utilizam e afirmam a existência da melhora de performance. Entre esses atletas, podemos citar a britânica Paula Redcliffe, que em 2003, na Maratona de Londres, alcançou o incrível tempo de 2h15m25s, atual recorde mundial da maratona feminina, nessa ocasião, a atleta já fazia uso das meias compressão.

Enquanto os benefícios durante a corrida ainda são questionáveis, os pós corrida já são definitivamente comprovados. Segundo Tatiana Abreu, diretora da clínica Fisio Run, as meias de compressão “melhoram eventuais inchaços pós-treino, diminuindo as dores”², além disso, o diretor médico da consultoria esportiva Run&Care, Gustavo Magliocca, afirma que as meias ajudam a “aumentar o retorno venoso, diminuir o edema entre as fibras musculares e controlar a perda de calor, a compressão atua na otimização do período de recuperação pós-exercício”². Em entrevista à CNN/Sports Illustrated, em 2001, a própria Paula Redcliffe, afirmava que as meias de compressão ajudavam o sistema linfática a drenar o ácido lático do sangue e das pernas, ficando assim menos propensas a enrijecimento, causando uma recuperação mais rápida³.

Assim como os diversos acessórios existentes, acredito que tudo é uma questão de adaptação. Por mais que muitas pessoas utilizem e afirmem os benefícios e vantagens, muitos corredores não se sentem confortáveis ao utilizar as meias de compressão, no entanto, antes de sair comprando dezenas de pares, faça um teste e descubra se é realmente útil para você.

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Referências:

1 – http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/equipamentos/guia/o-que-e-meia-de-compressao.html
2 – http://www.suacorrida.com.br/treino-finisher/as-vantagens-das-meias-de-compressao/
3 – http://revistacontrarelogio.com.br/cgi-local/materia_impr.pl?999.394
http://esportes.estadao.com.br/blogs/corrida-para-todos/meias-de-compressao-tudo-que-voce-sempre-quis-saber-sobre-elas/
https://www.saudemelhor.com/meias-de-compressao-para-corredores-vantagens/
http://www.aminhacorrida.com/vantagens-correr-meias-compressao/

A história da São Silvestre

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Foto: São Silvestre¹

Está chegando o dia de uma das provas mais tradicionais, queridas e desejadas do Brasil. No dia 31 de dezembro, a cidade de São Paulo receberá a 92ª Corrida Internacional de São Silvestre. Para entrar no clima, vamos conhecer um pouco da história e curiosidades da corrida.

A corrida de São Silvestre foi idealizada pelo jornalista e advogado Cásper Líbero, que ao realizar uma viagem a Paris, em 1924, ficou maravilhado com uma corrida noturna, onde os corredores carregavam tochas durante o percurso. Assim, decidiu promover no Brasil uma corrida noturna, que seria realizada exatamente à meia-noite do dia 31 de dezembro do mesmo ano e ganhou o nome de São Silvestre em homenagem ao Santo do dia.

Em sua primeira edição, a corrida contou com 60 inscritos, onde apenas 48 correram e destes, apenas 37 foram oficialmente classificados, já que segundo a regra do evento, seriam classificados apenas os atletas que cruzassem a linha de chegada no máximo 3 minutos após a chegada do vencedor, que nessa primeira edição foi o Alfredo Gomes, que completou os 8,8 km em 33:21.

Até o ano de 1944 apenas atletas brasileiros participavam das corridas. Em 1945 com o fim da Segunda Guerra Mundial, alguns atletas da América do Sul, passaram a ser convidados pela organização para participarem da competição. Com o sucesso das primeiras edições internacionais, em 1947 a organização passou a aceitar inscrição de atletas de todo o mundo.

O ano de 1975 foi decretado pela ONU, como o Ano Internacional da Mulher, aproveitando esse momento, a organização decidiu então fazer a primeira São Silvestre com participação feminina, que desde o início foi aberta para mulheres de todo o mundo, tanto que a primeira campeã foi alemã-ocidental Christa Vahlensieck.

Desde a sua primeira edição até o ano de 1988, a corrida foi realizada sempre a noite, com largada por volta das 23:30, a fim de que o vencedor chegasse por volta da meia-noite. Porém, em 1989, a fim de cumprir as determinações da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), a corrida passou a ter a largada no período da tarde e alguns anos depois durante a manhã.

Desde o início a São Silvestre passou por diversos percursos, com distâncias diferentes, a mais curta delas foi entre os anos de 1942 e 1944 que teve percurso de 5,5 km. Já entre os anos de 1980 e 1989, teve a sua maior distância até então, 12,64 km. Mais uma vez, visando adequações junto à IAAF, em 1991, o percurso foi alterado para 15 km, distância mínima exigida pela Federação e que perdura até hoje. Com isso a São Silvestre passou a integrar o calendário internacional de provas de rua.

A São Silvestre pode se orgulhar de ser um dos poucos eventos desportivos que jamais deixou de ter uma edição realizada, mesmo durante a Revolução Constitucionalista de 1932 ou a Segunda Guerra Mundial. Isso talvez mostre a grandiosidade do evento e a importância mundial pode ser percebida através dos números, passando dos 60 inscritos em 1925 para 25 mil em 2011 e estima-se cerca de 30 mil corredores para a edição deste ano².

Com o passar dos anos a corrida ganhou tanta projeção mundial, que passou a integrar o calendário turístico da cidade de São Paulo e hoje se tornou o sonho de muitos atletas percorrer os tão famosos 15 km.

Para todos que forem correr, esta é a reta final de preparação, boa corrida e acima de tudo, boa diversão!

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Referências:

1 - http://www.saosilvestre.com.br/
2 - http://revistacontrarelogio.com.br/blogs/ultimas/category/sao-silvestre/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Corrida_Internacional_de_S%C3%A3o_Silvestre#Vencedores
http://historiadomundo.uol.com.br/idade-moderna/a-historia-da-corrida-de-sao-silvestre.htm

Síndrome do piriforme

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No mundo da corrida, a lesão faz parte da rotina de todo atleta, sendo ele amador ou profissional. Algumas lesões são mais comuns e assim mais fáceis de serem percebidas pelos atletas e diagnosticada pelos médicos. Porém, outras lesões são um pouco mais imperceptíveis ou até mesmo confundidas por outras e é exatamente isso o que acontece com a síndrome do piriforme.

A síndrome do piriforme trata-se de uma inflamação no nervo ciático que passa para músculo piriforme. Embora seja constantemente confundida com a dor ciática, trata-se de uma lesão diferente, que requer tratamento e cuidados diferentes.

O piriforme é um músculo localizado na região do quadril, próximo a área profunda da nádega, por isso, a síndrome de piriforme é conhecida também como dor glútea profunda. O músculo piriforme tem como função, estabilizar a pelve e auxiliar na abdução e rotação do quadril. Quando esse músculo sofre demasiada tensão ou espasmos, o nervo pode ser pressionado, chegando a causar irritação do mesmo, o que ocasiona a síndrome.

Hipertrofia dos glúteos, trauma na região das nádegas, treinos em excesso em ladeiras ou terrenos irregulares, são algumas das principais causas da síndrome, que pode ser identificada através de alguns sintomas, tais como: dor na região profunda da nádega, que pode irradiar para as pernas, causando até mesmo formigamento, incômodo constante para manter uma mesma posição sentado além de dores constantes durante e após as corridas.

O fortalecimento muscular, em especial nos membros inferiores e nos músculos profundos do abdome, além do equilíbrio dos músculos abdutores, adutores e rotadores do quadril, são as ações preventivas, que podem ser realizadas a fim de evitar o surgimento da lesão, que quando diagnosticada, é tratada com compressa de gelo, anti-inflamatório, relaxante muscular, correção postural através da fisioterapia e pilates, repouso e em alguns casos, cirurgia.

Apesar de a síndrome de piriforme ser uma lesão de baixa incidência, ao sentir dores e incômodos contínuos na região dos glúteos e pernas, procure um especialista para melhor diagnóstico e tratamento, além disso, tomar cuidados com o excesso de exercícios e pesos é fundamental para o não agravamento ou surgimento da lesão. Por isso, fique sempre atento aos sinais do seu corpo.

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Referências:
http://www.hong.com.br/dor-no-quadril-pode-ser-sindrome-do-piriforme/
http://revistacontrarelogio.com.br/materia/sindrome-do-piriforme-conhece/
https://www.ativo.com/por-que-doi/sindrome-do-piriforme/
http://www.clinicadeckers.com.br/html/orientacoes/ortopedia/069_sin_piriforme.html
http://www.aminhacorrida.com/sindrome-do-piriforme/